Luizianne Lins leva debate sobre regulação da inteligência artificial ao 40º Congresso Nacional dos Jornalistas

Deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), jornalista, professora e ex-prefeita de Fortaleza, será uma das vozes mais aguardadas no 40º Congresso Nacional dos Jornalistas

A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), jornalista, professora e ex-prefeita de Fortaleza, será uma das vozes mais aguardadas no 40º Congresso Nacional dos Jornalistas, que acontece de 10 a 13 de dezembro, no auditório do Sebrae da Asa Norte, em Brasília (DF). Ela participa, na sexta-feira (12/12), às 11h, do Painel 4 — “A IA vai roubar nossos empregos?” — abordando o tema “O que está em jogo na regulação da IA”.

O evento é organizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e pelo Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJDF). Conta com o patrocínio do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Banco do Nordeste (BNB) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), além do apoio da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Associação dos Docentes da UnB (Adunb), Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf-CE) e Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).

O congresso reúne jornalistas de todo o país para debater temas como liberdade de imprensa, violência contra profissionais, desinformação, desafios da profissão e transformações tecnológicas. A participação de Luizianne Lins acrescenta ao encontro uma reflexão urgente e estratégica: como construir um país em que a inovação tecnológica avance junto com a proteção de direitos e a valorização do trabalho profissional.

Reconhecida nacionalmente por sua atuação na defesa dos direitos humanos, Luizianne Lins integra a Comissão Especial sobre Inteligência Artificial da Câmara dos Deputados, onde tem sido uma das principais articuladoras do debate sobre o uso ético, democrático e responsável da tecnologia no país. Sua participação no congresso insere o jornalismo no centro de uma discussão estratégica: como garantir que a IA fortaleça a democracia, proteja trabalhadores e preserve a soberania brasileira.

Garantia de soberania

Luizianne sustenta que o Brasil não pode ser apenas consumidor de tecnologias estrangeiras, nem mero fornecedor de dados para grandes empresas, mas precisa desenvolver sua própria inteligência artificial de forma soberana e alinhada ao interesse público. Para ela, a regulação em debate no Congresso Nacional, especialmente o PL 2338/2023, deve garantir direitos fundamentais, proteção das liberdades, combate à discriminação, equidade de acesso e participação social no processo decisório.

No painel do 40º Congresso Nacional dos Jornalistas, a deputada deve reforçar que a regulação da IA não é apenas um debate técnico ou econômico, mas uma discussão sobre democracia, trabalho, combate às desigualdades e futuro dos direitos no Brasil. Sua presença no evento reforça o compromisso do campo progressista em assegurar que a tecnologia esteja a serviço da sociedade — e não o contrário.

Trajetória e atuação

Ao longo de sua trajetória política — como vereadora, deputada estadual, prefeita de Fortaleza por dois mandatos e deputada federal — Luizianne construiu uma atuação marcada pela defesa de mulheres, juventude, população negra, LGBTQIA+, pessoas com deficiência, idosos, além de políticas públicas em cultura, educação e justiça social. Essa perspectiva plural também orienta suas posições sobre inteligência artificial.

Na Comissão Especial sobre IA, a deputada apresentou diversos requerimentos aprovados com foco nos impactos sociais e nas desigualdades produzidas por tecnologias automatizadas. Ela defende mecanismos de proteção contra vieses algorítmicos, debates amplos sobre reconhecimento facial, supervisão humana em decisões automatizadas e transparência sobre o uso de dados. Também alerta para a “subordinação algorítmica”, que pode impor rotinas invisíveis aos trabalhadores e aprofundar processos de precarização — tema especialmente sensível para o jornalismo, categoria que convive com automação crescente e transformações profundas no mercado de trabalho.